segunda-feira, 9 de agosto de 2010

LUSA: 'Israel: "Espião nuclear" Mordechai Vanunu libertado após três meses de prisão'

Jerusalém, 08 ago (Lusa) - O "espião nuclear" israelita Mordechai Vanunu foi hoje libertado após quase três meses de prisão imposta por violar uma ordem proibindo qualquer contacto com os estrangeiros, disse uma porta-voz prisional.

Vanunu foi condenado em dezembro a três meses de prisão por violar uma ordem que o proibia de entrar em contacto com estrangeiros, incluindo jornalistas.

O israelita foi detido em dezembro num hotel de Jerusalém Oriental e, segundo o 'site' Y-Net, deveu-se ao contacto com uma cidadã norueguesa.

Fonte: Pedro Primo Figueiredo/LUSA

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Israeli government urged not to jail nuclear whistleblower again

Press release - 12 May 2010
AI Index: PRE01/154/2010


Amnesty International today urged the Israeli government not to imprison nuclear whistleblower Mordechai Vanunu, who is facing a return to jail within days.

The Israeli Supreme Court ruled on 11 May that Vanunu, who served 18 years in prison for revealing information about Israel’s nuclear programme, must serve a further three months for meeting a foreign national, a violation of the restrictions imposed on him by the military since his release.

“If Mordechai Vanunu is imprisoned again, Amnesty International will declare him to be a prisoner of conscience and call for his immediate and unconditional release,” said Philip Luther, Amnesty International’s Deputy Director for the Middle East and North Africa.

Vanunu, 56, who is banned from leaving the country, told Amnesty International on 12 May: “Whether I go to prison or not, it doesn’t matter to me. I feel like I’m in prison already, trapped in Israel.”

A former technician at Israel's nuclear plant near the southern town of Dimona, Vanunu revealed details of the country's nuclear arsenal to UK newspaper The Sunday Times in 1986.

He was abducted by Mossad agents in Italy on 30 September 1986 and secretly taken to Israel where he was tried and sentenced to a prison term of 18 years, the first 11 years of which he spent in solitary confinement.

When he was released in April 2004, the Israeli authorities considered placing him under administrative detention, but the option was rejected as illegal by Israel’s Attorney General.

Instead, he has been subject to police supervision since his release under the terms of a draconian military order which is renewed every six months, most recently in April 2010. According to the order, Vanunu is banned from communicating with foreigners, including journalists; he cannot leave the country; he is forbidden from visiting foreign embassies; and must inform the authorities if he wishes to change addresses.

“The ongoing restrictions placed on Mordechai Vanunu have meant that he has been unable to move to the USA to live with his adopted family, placing a huge strain on his mental and physical health,” said Philip Luther.

“They.are not parole restrictions since he served his full 18-year term. They arbitrarily limit his rights to freedom of movement, expression and association are therefore in breach of international law.”

Vanunu was convicted on 30 April 2007 of contact with a foreign national without authorization and sentenced to six months, reduced on appeal to three.

He was given the option of doing community service in West Jerusalem instead of serving the three months in jail. He declined, citing fears for his safety as many Israelis consider him a national traitor, and instead offered to carry out the service in Palestinian East Jerusalem, where he now lives. The court refused and ordered him to be returned to jail by 23 May.

Speaking to Amnesty International, Vanunu expressed a sense of hopelessness, saying despite international efforts when he was in prison and subsequently to lift the restrictions imposed on him by the Israeli authorities “no one has been able to help for 24 years”.

Public Document
****************************************
For more information please call Amnesty International's press office in London, UK, on +44 20 7413 5566 or email: press@amnesty.org
International Secretariat, Amnesty International, 1 Easton St., London WC1X 0DW, UK
www.amnesty.org

RTP: 'Ex-técnico nuclear israelita Mordechai Vanunu condenado a prisão'

O antigo técnico nuclear israelita, Mordechai Vanunu, que passou 18 anos na prisão por espionagem, foi condenado, terça-feira, a três meses de cadeia por um tribunal de Israel. Vanunu, que cumpriu pena até 2004 por divulgar ao mundo o programa nuclear clandestino de Israel, foi desta vez condenado por se recusar a levar a cabo trabalho comunitário em Jerusalém Ocidental, alegando temer represálias por parte dos judeus fundamentalistas.

O Supremo Tribunal de Israel rejeitou o recurso, apresentado por Mordechai Vanunu, que tinha sido condenado em Dezembro a três meses de prisão, ou alternativamente, a três meses de serviço comunitário, por ter violado uma ordem judicial que lhe interditava todo o contacto com estrangeiros.

No apelo feito aos juízes, Vanunu explicava que estava pronto a efectuar o referido trabalho comunitário, se lhe fosse permitido fazê-lo em Jerusalém Oriental, no sector de maioria árabe anexado em 1967, e não no sector Ocidental na parte judaica da cidade santa. Dizia recear que a população israelita deste sector da cidade pudesse atentar contra a sua integridade física.

Trabalho "adequado"

O Supremo Tribunal de Israel recusou os argumentos de Vanunu, afirmando que as autoridades lhe tinham encontrado um trabalho de interesse público em Jerusalém Ocidental, "adequado à sua pessoa".

A sentença do tribunal afirma: "mas o réu recusou e o tribunal não teve outra escolha senão condená-lo a uma pena de três meses de prisão que ele deverá cumprir a partir de 23 de Maio".

Um dos advogados de acusação do Estado, Dan Eldad, disse a um órgão de informação israelita que "o tribunal tentou por todos os meios evitar enviar Vanunu para a cadeia mas "não teve outra opção".

Segurança do Estado

Segundo o site de notícias israelita "Ynet News" o procurador afirmou, durante a audiência, que "Mordechai Vanunu continuava a pôr em risco a segurança do Estado, mesmo 24 anos depois da sua primeira detenção".

Desde que foi libertado da prisão, em Abril de 2004, Vanunu já foi inculpado pelo menos 21 vezes pela justiça israelita por ter infringido as restrições à sua liberdade.

O ex-técnico da central nuclear de Dimona , no sul de Israel, está proibido de deixar o território nacional ou de entrar em contacto com estrangeiros, nomeadamente jornalistas, sem autorização prévia.

Convertido ao cristianismo Vanunu diz que já não se considera israelita e desde a sua libertação tem vindo a pedir asilo, em vão, a vários países ocidentais, queixando-se de estar a ser alvo de uma vigilância constante.

Raptado pelos serviços secretos

O antigo técnico, actualmente com 55 anos, foi condenado em 1986 por espionagem, depois de ter revelado os segredos nacionais do Estado Judaico ao jornal londrino "Sunday Times", que depois veio a publicá-los.

A prisão esteve rodeada de circunstâncias rocambolescas. Vanunu, então a viver no Reino Unido, foi alegadamente atraído sob falsos pretextos a Itália, numa operação dos serviços secretos israelitas. Terá sido então raptado, drogado e enviado clandestinamente para Israel a fim de ser julgado. Onze dos dezoito anos de prisão a que foi sentenciado foram cumpridos em regime de solitária.

100 a 300 ogivas nucleares

A informação divulgada por Vanunu levou os analistas nucleares a concluir que os israelitas dispõem de 100 a 300 ogivas nucleares.

Israel nunca chegou a confirmar ou a desmentir estas informações. O país não é signatário do tratado de não-proliferação e recusa-se a submeter a controle internacional a central nuclear de Dimona, construída nos anos 60 com a ajuda de França.

Os dirigentes israelitas praticam uma doutrina dita de "ambiguidade deliberada", que consiste a afirmar que o seu país não será "o primeiro a introduzir armamento nuclear no Médio Oriente".

In http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Ex-tecnico-nuclear-israelita-Mordechai-Vanunu-condenado-a-prisao.rtp&article=343977&layout=10&visual=3&tm=7

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

DN: 'Vanunu recusa nomeação para Nobel da Paz'

Mordechai Vanunu passou 18 anos nas prisões israelitas por ter divulgado a existência do programa nuclear deste país.

O antigo técnico nuclear Mordechai Vanunu responsável pela divulgação do programa militar nuclear de Israel, recusou novamente figurar entre os candidatos ao prémio Nobel da Paz.

"Recebemos duas cartas de Mordechai Vanunu, este ano e no ano passado, nas quais afirma não querer ser considerado como candidato ao Nobel da Paz", afirmou em Oslo a presidente do Instituto Nobel, Geir Lundestad.

A razão apresentada por Vanunu é "não estar interessado na possibilidade de receber um prémio que[o Presidente israelita] Shimon Peres recebeu, uma vez que considera Peres o pai da bomba atómica israelita", disse Lundestad.

Vanunu, 54 anos, tem visto o seu nome surgir há vários anos na lista dos potenciais candidatos ao Nobel da Paz. Lundestad explicou que o Comité Nobel, órgão responsável pela atribuição do prémio, tomou conhecimento da recusa do técnico nuclear, que permaneceu 18 anos em prisões israelitas, mas garantiu que o nome daquele não será retirado da lista. “O seu nome foi proposto por pessoas autorizadas, permanecendo assim na lista".

O técnico israelita foi preso em 1986 por ter entregue dados confidenciais do programa nuclear do seu país e fotografias do centro de pesquisa nuclear de Dimona, deserto do Negev, ao diário britânico Sunday Times.Foi com base nas suas informações que se concluiu ser Israel uma importante potência nuclear, com o sexto maior arsenal deste tipo de armas.

Israel nunca reconheceu a existência de um arsenal nuclear.

In http://www.dn.pt/inicio/globo/Interior.aspx?content_id=1503711&seccao=M%E9dio%20Oriente&page=-1